Como este blog preza pela imparcialidade e a liberdade de expressão, eventualmente surgirão posições divergentes entre seus integrantes, pelo menos eu acredito. Baseio-me sobre o lema de Voltaire "Posso não ser a favor de nenhuma palavra que tu dizes, mas defenderei até o último instante o direito de dizê-la". Bem, vamos ao que interessa, gostaria de opor-me ao artigo sobre cotas para afro-descendentes e instigar o debate. Quero dizer que sou favorável a cotas para negros em universidades, defenderei meu argumento convidando-os para um mergulho na história. Tratando-se de Brasil, vale lembrar que a imensa maioria da população são descendentes de escravos, indígenas, pardos. Ressalto que no início do século passado, pouco mais de 100 anos, a população brasileira era de 90% totalmente analfabeta, como afirmou Joaquim Nabuco " A libertação dos escravos seria apenas o primeiro passo". Passou-se um século e o que temos ai? Um Brasil de desigualdades, injustiças sociais e ainda oque mais nos envergonha, 16 milhões de miseráveis, em extrema pobreza, segundo o IBGE. Quer dizer, passaram-se mais de 100 anos e até então nunca se investiu em políticas sociais com seriedade, capaz de inserir esses descendentes de escravos num contexto social dígno, é verdade que houve melhoras, porém, considero modestas ao que poderia ter sido feito. Olhando o cenário atual constatamos que existem muitas deficiências, e, educação de qualidade no Brasil continua sendo um previlégio de minoria. Nesse sentido, fica dificil querer cobrar o mesmo desempenho de alguém que teve uma educação de qualidade, com uma criança ou jovem que muitas vezes não consegue nem se alimentar direito, vivem em favelas, não tem o mínimo de diginidade, é evidente que a capacidade intelectual desta criança será inferor a uma criança nascida em um ambiente favorável a seu desenvolvimento. É notório que o número de negros, pardos e menos favorecidos é demasiadadmente superior ao de brancos no Brasil , estatísticas comprovam essa afirmação. Logo, a possibilidade de acesso a uma universidade torna-se remota quando disputam vagas com jovens de classes mais previligiadas. Acredito que no estágio atual da condição social do Brasil não podemos tratar todos com igualdade, somos todos humanos é verdade, mas só como espécie, em termos de previlégios, financeiros e possibilidades a diferença é enorme, e certas camadas da população merece um olhar diferenciado. Por isso, sou defensor de cotas para negros e entendo que para tratarmos todos com igualdade, se faz necessário dar condições iguais para todos, quem sabe em paises como Dinamarca e Suécia seria contra, mas no Brasil não tem condições. Quem tiver interesse sobre assunto, sugiro que leiam "Cotas para Negros" do Juíz Federal William Douglas que defende essa tese com mais propriedade e competência, ele faz uma análise globalizada sobre o tema, sem ser superficial e apresente uma série de argumentos, inclusive com
dispositivos jurídicos, díficeis de contestá-lo.
Cleber 20/06/2011
Esse assunto e muito extenso e por isso não cabe em um mero blog. Debateremos isso em uma outro momento, mas por enquanto fico com a minha posição sobre o assunto. Meu texto e baseado em relatos feitos por afro - descendentes públicos e desconhecidos. As cotas desmoralizam e colocam os afro - descendentes como inferiores. Saiba que nas favelas também vivem brancos miseráveis e nem por isso eles recebem cotas.
ResponderExcluirMe recuso a ler o texto e ainda, tenho que comentar sobre esse absurdo escrito nesse blog...
ResponderExcluirQuando falamos de cotas falamos de PRE-CONCEITO, e uma lei ANTI-CONSTITUCIONAL, perante a Constituição, TODOS SÃO IGUAIS... cotas para negros é algo ridículo, sendo que, eles mesmo são contra esse absurdo...
Queria pedir perdão aos leitores do Blog.... kkkkkkk